Entre as ações do SIMMMEB para 2018, está a de empresas “adotarem” jovens carentes

 

Por Claus Jensen, com fotos de Marlise Cardoso Jensen

A forte chuva que caiu no final da tarde desta segunda-feira (19/02/18), acabou atrasando um pouco o início da Assembleia Geral Ordinária do SIMMMEB, Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e do Material Elétrico de Blumenau e Pomerode. O evento previsto para às 19h30min, reuniu no Espaço de Educação Maker, do Complexo do Sesi, cerca de 150 associados, profissionais da imprensa, parceiros e o vice-prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt.

O presidente da entidade, Dieter Claus Pfuetzenreiter, fez o discurso de abertura. Em seguida foram apresentados o balanço de 2017 e o orçamento deste ano, todos aprovados pela assembleia. Entre os assuntos, o reajuste da mensalidade em 3% e a participação de empresas de Gaspar no sindicato, que hoje já somam 10.

 

 

2017 foi considerado produtivo para a SIMMMEB, que aumentou em mais de 8% o número de associados que chegou a 201. Os eventos promovidos reuniram 3.022 participantes uma alta de 2% em relação ao ano anterior. Também foram lembrados os grupos temáticos, como o de RH, segurança e ambiente do trabalho, tecnologia da informação, voltado ao mercado cervejeiro, gestão da produção e a novidade: setor têxtil com foco nas exportações.

Entre os novos programas, tiveram destaque o “Indústria Mais Forte” e a 2ª turma do Programa de Internacionalização de Empresas, que iniciam em março; além da elaboração de Projetos para Captação de Recursos, que começa em junho.

 

 

Outro anúncio importante foi sobre o Programa de Apadrinhamento Empresarial. A gerente regional do SESI, Dalila Carvalho, falou sobre o programa que une as duas entidades com o objetivo de apoiar jovens carentes para estudarem no Espaço de Educação Maker.

Os empresários foram convidados a adotar futuros alunos, ajudando com os custos de mensalidade, transporte e alimentação dos alunos. A ideia é proporcionar a oportunidade dos adolescentes de baixa renda frequentarem os cursos oferecidos no espaço. Após o encerramento da assembleia, associados e convidados participaram de um jantar de confraternização no novo restaurante do SESI, inaugurado no dia.

 

Dieter Claus Pfuetzenreiter, presidente do SIMMMEB

 

Para Pfuetzenreiter, uma das grandes vitórias foi fechar o ano com números positivos, apesar de muitas empresas encerrarem de vez as suas atividades. “Também conseguimos aumentar a receita através de patrocinadores e dos eventos, mantendo o crescimento constante da diretoria anterior”, comemorou.

Sobre o comportamento da economia e do setor metal mecânico, desde que assumiu a presidência, há um ano atrás, Pfuetzenreiter lembrou que o Brasil passou por mudanças profundas. “Reformas como a trabalhista, são extremamente necessárias para o país, mesmo que ainda tenham algumas coisas para acertar. Apesar disso, já deu um novo rumo à economia e irá fazer diferença, até porque agora estamos alinhados com os países do primeiro mundo. Mas temos que continuar com as outras reformas para haver mais igualdade e justiça social. As diferenças entre as aposentadorias no setor público e privado são gritantes. Esse também é um ano das eleições, que pode trazer uma real mudança para o Brasil, se soubermos escolher o candidato mais adequado para o momento. Mas se for eleito um que seja contra as reformas, cairemos no marasmo e iremos ficar para trás”, disse o presidente do SIMMMEB.

Quando ele assumiu a presidência, havia sido recém lançado um grupo de trabalho voltado ao Mercado Cervejeiro, unindo indústrias interessadas em produzir equipamentos voltados à essa área. “Hoje são 25 empresas que trabalham nesse foco, inclusive novas de outros municípios interessadas em se associar ao SIMMMEB, por causa desse segmento. O leque de produtos nessa área é muito grande”, destacou Pfuetzenreiter. Na Feira Brasileira da Cerveja, que acontece de 7 a 9 de março, em Blumenau, haverá 14 empresas associadas que participarão como expositores.

O presidente reforça que em 2018 será trabalhada melhor a questão da internacionalização, que poderá ser muito importante quando acontecem as crises no mercado interno. “Outro aspecto importante, é que as empresas terão que se adequar às normas internacionais, o que as deixará mais competitivas também no Brasil, porque irá mexer desde seus processos até nos produtos. São requisitos técnicos que envolvem segurança, ergonomia e operação”, lembrou Pfuetzenreiter. Um grupo de trabalho irá focar na busca de negócios para equipamentos e soluções voltados ao mercado têxtil externo.

A responsabilidade social é uma bandeira que a SIMMEB pretende levantar, através da adoção de alunos carentes, dando uma oportunidade para desenvolver seu empreendedorismo, além do ensino e qualificação.