Por Alexandre Lenzi, da SECOM/SC
O governador Raimundo Colombo o secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, Moacir Sopelsa, participaram de audiência em Brasília, na manhã desta quarta-feira (22/3/17), com o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, para tratar de ações em conjunto na proteção do agronegócio brasileiro diante dos reflexos da operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal. As equipes dos governos federal e estadual vão trabalhar na divulgação das informações que comprovem a qualidade do produto brasileiro.
Colombo voltou a destacar o status diferenciando do mercado catarinense. “Temos absoluta segurança, com aval dos nossos técnicos, da qualidade do produto catarinense. Nosso modelo é responsável, confiável e seguro. A ação agora é esclarecer tudo, com transparência, e manter contato constante com os mercados internacionais que compram nossos produtos, fornecendo qualquer informação complementar desejada. Os fatos estão superando as versões e as pessoas estão começando a ver a realidade do mercado”, explicou Colombo.
Santa Catarina é o maior produtor nacional de carne suína e o segundo maior de carne de frango, atendendo o mercado brasileiro e o exterior, com presença em mais de 120 países. Santa Catarina é, ainda, o único estado brasileiro livre de febre aftosa sem vacinação e, junto com o Rio Grande do Sul, faz parte de uma zona livre de peste suína clássica com certificados da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Esse status sanitário diferenciado dá acesso exclusivo aos mercados mais competitivos do mundo, como habilitação para exportar carne suína para Estados Unidos e Japão.
Ao todo, cerca de 300 empresas catarinenses relacionadas ao agronegócio são fiscalizadas constantemente por órgãos federais e cerca de 600 por equipes da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), o que demonstra o rigoroso controle do setor. Dentro da operação Carne Fraca, a única unidade em Santa Catarina interditada temporariamente é uma filial de uma empresa paranaense, localizada em Jaraguá do Sul, que produz basicamente linguiça frescal, salsicha e presunto, para abastecimento principalmente dos mercados do Paraná e de São Paulo.
O ministro Blairo Maggi afirmou que o governo federal está trabalhando com total transparência na divulgação de informações aos mercados consumidores para esclarecer os fatos. A equipe do ministério ressaltou que as investigações da Polícia Federal não apontam qualquer problema que poderia colocar em risco a saúde dos consumidores. E informou que muitos mercados internacionais já estão voltando atrás e suspendendo qualquer tipo de restrições que haviam feito, na medida em que as informações estão sendo repassadas e a situação é esclarecida.
Também presente na reunião, o secretário de Estado da Agricultura, Moacir Sopelsa, ressaltou a importância do mercado internacional para o agronegócio catarinense. Ele lembrou que a carne de frango é o principal produto das exportações do Estado e que hoje 47% da produção catarinense de frango é destinada ao mercado externo. E Santa Catarina é o maior exportador de carne suína do país, respondendo por quase 40% das exportações brasileiras do produto. O estado atende compradores como Japão, China e Rússia e está com negociações avançadas para abertura dos mercados da Coreia do Norte e de Taiwan para a carne suína catarinense.
Também acompanharam a reunião no ministério, o secretário executivo de Articulação Nacional, Acélio Casagrande, e a secretária adjunta Lourdes Martini.