Dia 1º de maio, começou a temporada de pesca da tainha em Santa Catarina

Foto: Glaicon Covre

 

 

Foto: Glaicon Covre

 

 

Assada ou frita, que gosta da tainha aguardava ansiosamente pelo período de captura liberado neste dia 1º de maio de 2019. Antes da abertura oficial, foram capturados pequenos cardumes nos Ingleses, Pântano do Sul (26/04) e nos molhes de Laguna. A pesca da espécie envolve aspectos meteorológicos, oceanográficos e da experiência dos pescadores.

No caso dos meteorológicos e oceanográficos, respectivamente, o vento sul deve predominar e as águas oceânicas devem estar frias. Esta característica é proporcionada pelo ramo costeiro da corrente das Malvinas, que diminuiu a temperatura da água em toda a costa catarinense. O vento sul, quando sopra por vários dias, favorece a chegada dessas águas frias mais rapidamente.

No caso dos pescadores, o olheiro, a experiência de lançar a rede para o cerco, o silêncio no local (não comprovado cientificamente) e uma dose de sorte são fatores que influenciam na captura. Acompanhando a temperatura do oceano nos últimos 3 anos (Figura 1), observa-se que a temperatura no início da safra, nesse 2019, é intermediária entre os anos de 2017 (mais fria) e 2018 (mais quente).

Para a próxima semana, a previsão é de vento nordeste fraco. Entre os dias 6 e 7, a passagem rápida de uma frente fria vira o vento para sul, mas em um curto período e com velocidade pouco significativa. Mas não se descarta que ocorram alguns lanços de tainha. Afinal, parece que neste ano elas estão com pressa para desovar.

A análise foi feita pela equipe da Epagri/Ciram, composta pelo oceanólogo Argeu Vanz e pela meteorologista Maria Laura G. Rodrigues.

 

A figura mostra a temperatura da superfície do mar entre 1º e 2 de maio, nos anos de 2017 (a), 2018 (b) e 2019 (c)