Dezesseis pinguins voltam à natureza depois de serem reabilitados

Foto: Anne Caroline Anderson/Fatma
Foto: Anne Caroline Anderson/Fatma
Foto: Anne Caroline Anderson/Fatma

 

Florianópolis (SC) – Esta manhã de segunda-feira (10/10/16) teve um significado especial para os profissionais que cuidaram durante 45 dias de pinguins que estavam no Centro de Tratamento de Animais Silvestres (Cetas), no Parque do Rio Vermelho. Dezesseis animais com seu jeitinho simpático de andar voltaram ao oceano Atlântico de onde vieram após se perderem do seu bando e adoecerem.

Antes de serem soltos nas águas salgadas da praia do Moçambique em Florianópolis, receberam um chip contendo todas as informações sobre o tratamento. O trabalho de reabilitação foi realizado pela Fundação do Meio Ambiente (Fatma), em parceria com a ONG R3 Animal e Polícia Militar Ambiental. Ainda restam outros dez pinguins em tratamento no Cetas,

Durante o ano, cerca de 50 pinguins fracos e debilitados, que chegam ao Litoral catarinense são tratados no CETAS. A orientação é que se você encontrar um  que precise de reabilitação, deve aquecê-lo e não colocá-lo em lugares frios. Ao chegarem em nossas praias estão doentes, magros e sem a camada de gordura natural que os fazem suportar baixas temperaturas.

Após envolvê-los em uma toalha, os animais devem ser colocados dentro de uma caixa de papelão. Em seguida, acione a Polícia Militar Ambiental pelo (48) 3665-4487, para que os pinguins sejam encaminhados ao centro de tratamento.

2,5 mil animais silvestres por ano vítimas de tráfico ou maus-tratos

O Centro de Triagem do Parque do Rio Vermelho recebe cerca de 2,5 mil animais silvestres por ano vítimas de tráfico ou maus-tratos. Além de abrigar e tratar os animais, o local disponibiliza uma trilha ecológica usada para educação ambiental. “Os visitantes aprendem que o animal silvestre não é brinquedo e que é nocivo retirá-lo do habitat natural. Todo o trabalho executado no local é um exemplo de responsabilidade com o meio ambiente e uma forma de ensinar respeito a todas as espécies”, afirma o presidente da Fatma, Alexandre Waltrick. Como o objetivo do tratamento dos pinguins é devolvê-los à natureza, os animais não estão à disposição do público.