Delegado apresenta suspeito e dá detalhes sobre morte de Tamara

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Fotos: Luciano Bernz

Por volta das 10h45min desta quarta-feira o delegado da polícia civil Ronnie Esteves, fez uma coletiva de imprensa para mostrar a evolução das investigações e apresentar o suspeito Gelson Wreczinski, de 27 anos.

O delegado Ronnie disse que após buscas, o celular de Tamara foi encontrado com um dos suspeitos, onde haviam duas fotos do veículo utilizado no crime. A partir disso a polícia chegou à residência do condutor do veículo, onde foi pedida a prisão temporária dele. Através dele, se chegou à outro suspeito, onde foi encontrada a jaqueta de Tamara.

Ao longo da semana eles ouviram várias vezes todos os suspeitos. Na terça-feira (8) foi feita uma acariação entre eles, onde apresentaram algumas divergências.

O condutor do veículo resolveu assumir a autoria do crime, mas a sua confissão não convenceu na íntegra. Ele disse que pegou Tamara, sem falar a razão, aleatoriamente, dizendo que estava sob efeito de cocaína, mas não tinha intenção de manter relação sexual com ela. Ainda não há um laudo para saber se ela foi violentada ou não.

Depois de Gelson pegá-la no ponto de ônibus, forçando a sua entrada no carro, ele seguiu em direção à Indaial com os braços dela amarrados na frente do corpo com um cadarço, o que não confere com a forma que ela foi encontrada. Ele volta pelo bairro Encano (Indaial), para seguir em direção à Gaspar e Ilhota. No meio do caminho, com ela ainda viva, os dois ficam nervosos, ele para o carro, pega o extintor de incêndio e bate na cabeça de Tamara. Depois vai para Ilhota, joga o corpo no mato e vai embora.

Essa foi a primeira versão, mas a polícia trabalha com a hipótese de mais um envolvido. Segundo análise do delegado, o suspeito dificilmente conseguiria fazer tudo sozinho, ou seja, pegar a jovem, colocar no carro e amarrar sem ela reagir.

Os depoimentos foram todos gravados e acompanhados pelos advogados dos suspeitos. Nesta quarta-feira (9) o suspeito mudou um pouco a versão, dizendo que existe um segundo envolvido. O delegado julgou melhor ter um suspeito solto, do que um inocente preso. Então preferiram primeiro reunir todas as informações, cruzando as novas e antigas para avaliar o envolvimento dos dois no crime, ou até de um terceiro.

Houve até um outra hipótese levantada, que seria dívida de drogas. Segundo Gelson, um dos suspeitos posto em liberdade seria um traficante e Tamara facilitaria o contato entre ele e as amigas usuárias. Como ela não pagou o valor devido, eles a mataram.

O uso de drogas foi a primeira versão levantada pela polícia, mas a família nega desde o começo que ela seja usuária ou que estivesse envolvida. Mas não há uma motivação clara para o crime, o que não descarta esta hipótese.

Por enquanto há somente um preso, que confessou o crime. Ele já tem 53 boletins de ocorrência por roubo e furto, inclusive o veículo usado foi furtado de um pátio em Timbó.

Os outros dois suspeitos já estão soltos e todos os depoimentos foram acompanhados por advogados. O próximo passo é cruzar os dados para avaliar quem está falando a verdade. Nesta quarta-feira a perícia fará uma avaliação final, para ajudar na investigação.

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