Covid-19: natural de Rodeio, homem descreve os momentos difíceis na Itália

 

 

 

 

Odair Bonacolsi, é natural de Rodeio (SC), vive na Itália há 20 anos e reside em Verona, região norte do país, onde a situação do Covid-19 é mais grave. O ex-morador do bairro Rodeio 12, enviou um vídeo em que descreve um pouco do que está passando no país que registrou o maior número de mortes em todo mundo por causa do coronavírus. Até agora o Covid-19 já matou 4825 pessoas, 793 só nas últimas 24 horas.

“Aqui a situação é muito complicada e difícil. Morrem de 500 a 660 pessoas por dia e até agora não teve melhoras. Vou explicar para vocês porque a incidência (da doença) foi maior que a maioria dos outros países”.

Bonacolsi disse que quando o Covid-12 chegou na China, havia muitos italianos. Ao retornarem ao seu país, eles se sentiram mal, com febre, e foram buscar atendimento. Os médicos acharam que era uma gripe forte, muito comum entre dezembro e fevereiro, período de inverno na Europa.

Como os sintomas são muito parecidos com os do coronavírus, os pacientes foram medicados, mas não apresentavam melhoras. “Foi aí que perceberam que era o coronavírus, por isso que se propagou de forma tão veloz. A única coisa que posso dizer para vocês, é que no Brasil vocês já estão em alerta, já sabem da situação, então só aconselho que se cuidem. Sigam o que as autoridades falam. Está certo o que estão fazendo, eu sei que é difícil, mas temos que seguir as orientações.

Ele reforça “É uma coisa muito séria, não é brincadeira. A situação é grave, se cuidem povo de Rodeio. Mas no final vai dar tudo certo.” A orientação do governo italiano é a mesma em todo mundo: Fiquem em casa! Isolamento domiciliar.

A doença foi identificada pela primeira vez no dia 1º de dezembro de 2019 em Wuhan, na província de Hubei, na China. Mas o primeiro caso foi reportado no último dia do mesmo mês e a primeira morte  aconteceu no dia 9 de janeiro de 2020. Em março esse número tinha chegado a 3.255.

O primeiro caso da doença na Itália foi registrado no dia 31 de janeiro na capital, em Roma. Na Lombardia, região norte do país, onde hoje se concentram o maior número de doentes, foram registrados 16 casos no 21 de fevereiro, outros 60 no dia seguinte quando também houve a primeira morte. Quase um mês depois, esse número chegou aos atuais 4.825 óbitos.