Covid-19: Mais uma vez a Matriz de Risco está azul em toda Santa Catarina

O cenário é praticamente o mesmo da semana passada, com pequenas variações entre as regiões, em algumas dimensões.

A Matriz de Risco Potencial Regionalizado divulgada neste sábado (18/12/21), mantém todas as 17 regiões classificadas como risco potencial moderado (cor azul). Comparando com a Matriz divulgada na semana passada, o cenário é praticamente o mesmo, com pequenas variações entre as regiões, em algumas dimensões.

Na dimensão monitoramento, que reflete a cobertura vacinal e a variação semanal de casos, todas as regiões foram classificadas no nível moderado. Em relação à transmissibilidade, que monitora a taxa de infectantes e os parâmetros de transmissão, apenas as regiões do Extremo Sul Catarinense e Meio Oeste foram classificadas no nível Alto, as demais estão no nível moderado.

Na capacidade de atenção, as regiões Nordeste e Oeste estão classificadas como nível alto, com ocupação de leitos de UTI para tratamento de pacientes Covid-19 na faixa de 20 a 40%, enquanto as demais foram classificadas no nível moderado, com taxas de ocupação abaixo de 20%. Por fim, na dimensão gravidade, que mede a taxa de óbitos por Covid-19 e internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), a região do Alto Vale do Itajaí se encontra no nível grave, enquanto as demais foram classificadas como nível Alto.

De acordo com o último boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde, nas últimas 24 horas 137 casos novos de Covid-19, 179 pacientes se recuperaram e confirmados quatro óbitos. Desde o início da pandemia, 1.238.466 foram diagnosticadas com o coronavírus em Santa Catarina, das quais 1.216.197 se recuperaram e 2.145 ainda continuam em acompanhamento. No mesmo período ocorreram 20.124 óbitos relacionados à Covid-19, deixando a taxa de letalidade em 1,62%.

Indisponibilidade de acesso a banco de dados do MS prejudica análise

Os resultados da Matriz de Risco Potencial Regionalizado desta semana devem ser analisados com cautela, uma vez que o ataque hacker que o Ministério da Saúde sofreu no dia 9 de dezembro, que afetou todos os sistemas de informações em saúde do nível federal que realizam o monitoramento da Covid-19 no Brasil, podem ter prejudicado essa análise.

A indisponibilidade do acesso aos sistemas de informação e-SUS Notifica, SIVEP-Gripe e SI-PNI, além do acesso ao banco de dados de casos leves, hospitalizações por SRAG e óbitos de Covid-19, além dos dados de vacinação, vem prejudicando a análise em tempo real de cenário epidemiológico de Covid-19 em todo o Brasil.

Em Santa Catarina, estão mantidas as atividades de vigilância e monitoramento de maneira alternativa, realizado através de registros por planilhas eletrônicas de óbitos por Covid-19 notificados pelos municípios, além de acesso a sistemas de informação que não foram afetados, como os gestão laboratorial e de gestão de leitos hospitalares. No entanto, o uso dessas fontes é insuficiente para se analisar com precisão todo o cenário.

O monitoramento dos dados de vacinação também se encontra prejudicado, pois o sistema SIPNI online também está apresentando problemas desde o dia 9 de dezembro, impossibilitando que os municípios registrem todas as doses aplicadas. A SES solicitou a todos os municípios que continuem promovendo a vacinação, e aqueles que não tenham sistemas próprios e utilizem o sistema SI-PNI para registro de doses aplicadas, mantenham os registros em formulários e planilhas, para serem inseridos no sistema, quando o sistema retornar.

Fonte: Governo de Santa Catarina