Comandante Moisés inicia o processo de transição para o governo de Santa Catarina

 

 

Por Andréa Leonora, editora da coluna Pelo Estado | Fotos: Julio Cavalheiro/Secom

Assim começou o período de transição do Executivo estadual, das mãos do atual governador, Eduardo Pinho Moreira, para a do governador eleito, Comandante Moisés. Eles passaram quatro horas reunidos a portas fechadas, na tarde desta segunda-feira (29/10/18), na Casa D’Agronômica, residência oficial do chefe do Executivo catarinense.

Trataram do começo do processo, definiram lugares para a instalação da equipe de transição e os nomes dos que passarão as informações, começando pela Fazenda, Planejamento e Administração. Um profundo diagnóstico, nada simples para quem até outro dia era um anônimo sem qualquer relação direta com a política, como o próprio Moisés admitiu em sua primeira coletiva depois de eleito. De acordo com o governador eleito, com base em todos os dados será possível propor as mudanças necessárias a serem implementadas ainda nos próximos meses.

A intenção é em até 30 dias já se ter um desenho para a proposta de reforma administrativa que deve ser encaminhada para a Assembleia Legislativa ainda em 2018, “para recebermos o governo com o alinhamento necessário”, revelou o governador eleito. Ele saiu do encontro animado, falando que, apesar de longa, a conversa foi de “linhas gerais e algumas amenidades”. “O governador Eduardo Moreira apresentou trabalho que realiza. E foi um bom conselheiro”, resumiu. Sobre a composição de nomes de seu governo, disse que só ocorrerá depois da nova estrutura do Estado estar definida.

“Primeiro as alterações, depois as pessoas. Vamos trabalhar intensamente ao longo do próximo mês para depois entregar essa informação.” O governador Eduardo Moreira também saiu animado da reunião. Lembrou que Moisés precisa conhecer profundamente a maquina pública até para que consiga cumprir tudo o que defendeu ao longo da campanha. “Vamos facilitar a vida do governador eleito Carlos Moisés.” De acordo com Moreira, hoje já aconteceu a primeira reunião de trabalho da transição, com a Secretaria da Fazenda. Na foto, o registro do clima depois da reunião.

 

 

 

Enquanto a conversa entre Moreira e Moisés acontecia, pelas redes sociais começou a correr que pelo menos dois nomes estavam definidos para o novo governo: para a Secretaria da Saúde, Lucas Esmeraldino, que concorreu ao Senado e presidente do PSL; para a Secretaria da Saúde, e, para a Casa Civil, Laércio Menegaz Júnior, ex-chefe de gabinete do prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli (PP). Além de o próprio governador eleito negar a definição de nomes nesse primeiro momento, sua assessoria de imprensa também desmentiu a informação. Mas no meio político nunca se sabe o que é fumaça e o que é fogo.

Apenas uma pessoa acompanhou toda a reunião entre Moisés e Moreira. Foi o delegado aposentado Jonas Santana Pereira, cunhado do governador eleito. No papel de braço direito de Moisés, ele o tem acompanhado nos principais atos. À Coluna Pelo Estado, disse que está ajudando nas questões da Segurança Pública.

Para quem pensa que a vice-governadora eleita, Daniela Reinehr, será objeto de decoração, é melhor rever os conceitos. Ela é a primeira mulher a ser eleita para o cargo e mantém o discurso de rompimento com a “velha política”. Além do fortalecimento do Oeste catarinense, onde vive, Daniela tem interesse em um tema específico: a mobilidade para ganho de qualidade de vida.

Em artigo que assinou para o projeto Cobertura Eleições SC 2018 – Jornais Impressos e Digitais, realizado em parceria pela Associação de Diários do Interior (ADI-SC) e a Associação dos Jornais do Interior (Adjori-SC), a futura vice-governadora, escreveu: “Tenho pessoas com deficiência na minha família e há muito tempo batalho pela inclusão eficiente. Ao ser eleita vice-governadora, estarei ainda mais envolvida com a causa, juntamente com o comandante Moisés“.

Em outro trecho, informou: Com base no estudo desenvolvido pelo pesquisador da Universidade de Brasília (UnB) Valério Medeiros, a capital catarinense tem o segundo pior índice de mobilidade do mundo e o deslocamento mais complicado entre 21 das principais capitais brasileiras. O que acontece é que a economia cresce em velocidade reduzida, com relação a velocidade com que cresce a população. Já o número de carros e motos que entram no círculo do trânsito só cresce e, consequentemente, os congestionamentos.