Círculo S.A. emprega 32 hatianos no setor de produção

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Texto: Patrícia Wippel

GASPAR – Imigrantes haitianos não param de chegar ao Estado. Recentemente mais um ônibus desembarcou no solo catarinense, muitos deles se instalaram em Florianópolis e na região Oeste em busca de oportunidades e qualidade de vida. Em Gaspar, a Círculo S.A., fabricante de fios e linhas para trabalhos manuais, possui em seu quadro de funcionários 32 trabalhadores do Haiti que chegaram à empresa no início 2014. A maioria deles está empregada na área de produção, nos setores de acabamento, fiação e tinturaria no primeiro e segundo turno, ocupando vagas que dificilmente eram preenchidas pela população local, e são reconhecidos por sua responsabilidade e comprometimento com a função.

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Os estrangeiros conseguiram se adaptar bem às atividades graças à atenção especial que a Círculo S.A. dedicou para melhor recebê-los e para conseguirem desempenhar o ofício adequadamente. Para isso, desde que chegaram à empresa, foram implantadas aulas particulares de português e espanhol para os haitianos, que falam fluentemente o francês e o criolo. São aulas semanais com duração de uma hora dentro da empresa.

“Essa iniciativa facilitou a comunicação dos líderes com os haitianos, permitindo uma melhor compreensão de suas atividades e normas da empresa. Além disso, melhorou a comunicação com os colegas de trabalho em suas rotinas fora do trabalho”, explica Jennifer Wollinger, Analista Recursos Humanos da Círculo S.A.

A assistente social da Círculo, Geovanea Zimmermann faz visitas domiciliares frequentemente e quando observa a necessidade de alguma coisa, organiza uma campanha interna nos setores.”No momento todos estão bem instalados. Mobilizamos os colaboradores para arrecadarmos móveis, eletrodomésticos e roupas, que já foram doados para os haitianos que trabalham conosco”, explica.

O terremoto que devastou o país, em 2010, motivou muitos haitianos a migrarem para o Brasil para encontrar empregos e conseguir garantir o sustento da família, que em muitos casos permaneceu no Haiti. Muitos ainda sonham em retornar ao país natal ou ainda conseguirem trazer seus familiares para viver no Brasil.

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