O ciclone extratropical que passou por Santa Catarina com seus fortes ventos causou estragos em todas as regiões do estado no dia 30 de junho. Até o momento, 121 municípios registraram danos no Sistema do Ministério da Integração Regional, com prejuízos que totalizam R$ 277,8 milhões. O boletim da Defesa Civil foi atualizado na tarde desta segunda-feira (6/07/20), e ainda pode sofrer atualizações.
Nos impactos a empreendimentos privados, as áreas mais afetadas foram agricultura (R$ 121,6 milhões), indústria (R$ 16,9 milhões) e serviços (R$ 13,5 milhões). Já na infraestrutura pública, os maiores danos foram nas áreas de geração e distribuição de energia elétrica (R$ 57 milhões), telecomunicações (R$ 4,8 milhões) e sistema de esgoto sanitário (R$ 1,3 milhão).
Segundo dados da Defesa Civil, pelo menos 204 municípios registraram estragos em função do ciclone. O chefe da DCSC, João Batista Cordeiro Júnior, reforça que é fundamental que as prefeituras preencham o Formulário de Informação de Desastres (FIDE) do Governo Federal. Assim, será possível ter o cenário mais exato dos danos e inclusive solicitar recursos junto ao Ministério.
“A maior perda observada nesse evento em Santa Catarina está relacionada às atividades agrícolas e estruturas industriais, muitos galpões totalmente destruídos em todo o litoral catarinense”, finalizou. Ele lembra que esses valores ainda são iniciais e que podem sofrer atualização à medida que os municípios incluam as informações.
Danos humanos
O boletim da Defesa Civil estadual desta segunda-feira traz ainda os números de catarinenses impactados pelo ciclone. Além de 11 mortes ocasionadas pelo fenômeno, duas pessoas morreram na reconstrução das casas. Também foram registrados 57 desabrigados e 302 desalojados.
Itens de assistência humanitária
A Defesa Civil estadual já repassou 80,6 mil itens de assistência humanitária, como telhas, colchões e cestas básicas, em um total de R$ 1,7 milhão. Até agora, 34 municípios catarinenses já receberam os itens para auxiliar neste primeiro momento.