As fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde o fim de semana já causaram duas mortes, deixaram uma pessoa desaparecida e forçaram milhares de moradores a deixarem suas casas. Segundo a Defesa Civil estadual, até a manhã desta quarta-feira (18/06/25), ao menos 1.336 pessoas estão desalojadas – acolhidas por parentes, amigos ou em hotéis – e outras mil estão abrigadas em locais públicos ou instituições assistenciais.
Uma das vítimas é um jovem de 22 anos, que teve o corpo encontrado dentro de um carro arrastado pelo Rio Caí, em Nova Petrópolis, na Serra Gaúcha. O veículo caiu no rio ao tentar cruzar a Ponte da Cooperação, estrutura provisória que liga o município a Caxias do Sul e que também foi parcialmente levada pela força da água.
A segunda vítima fatal, Geneci da Rosa, de 54 anos, morreu em Candelária, na Região dos Vales. Ela estava com o marido em um carro que foi arrastado pela correnteza ao passar por uma ponte na terça-feira (17). O marido segue desaparecido.
Até agora, 51 dos 497 municípios do estado relataram danos provocados pelas chuvas. Em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, há pelo menos 89 desalojados e 28 desabrigados. Segundo o prefeito Airton Souza, 29 escolas da cidade foram parcialmente destelhadas. As chuvas também afetaram o tráfego nas estradas: 16 rodovias estaduais têm trechos totalmente bloqueados e outras seis enfrentam interdições parciais.
O governador Eduardo Leite comentou, em vídeo nas redes sociais, que algumas regiões do estado já acumulam mais de 350 milímetros de chuva desde o fim de semana, especialmente no noroeste. Embora tenha reconhecido o impacto do volume, ele ressaltou que ainda não se trata de um cenário comparável ao de maio de 2024, quando enchentes causaram a morte de 184 pessoas e deixaram 25 desaparecidos. “Deveremos ter acumulados de até 450 milímetros em várias localidades, o que é acima da média, mas ainda distante do que enfrentamos no ano passado”, afirmou.
Fonte: Agência Brasil