CEPON adota inteligência artificial para prevenir riscos e aumentar a segurança dos pacientes

Plataforma NoHarm utiliza algoritmos para identificar interações medicamentosas e eventos adversos antes que ocorram.

Foto: Michelle Valle

O Centro de Pesquisas Oncológicas (CEPON), unidade da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina, deu um passo importante na modernização dos atendimentos e na segurança dos pacientes.

Desde setembro de 2025, o hospital passou a utilizar o NoHarm, uma plataforma de inteligência artificial voltada à prevenção de riscos clínicos, como interações medicamentosas, exames alterados e possíveis eventos adversos — tudo antes que esses problemas cheguem ao paciente.

O sistema foi desenvolvido pelo Instituto de Inteligência Artificial na Saúde, uma organização sem fins lucrativos, e é disponibilizado gratuitamente a hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente, a ferramenta está presente em mais de 150 unidades em todo o Brasil, acompanhando cerca de 30 mil leitos e já impactando mais de 3 milhões de vidas.

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Tecnologia a serviço do cuidado

Para Douglas Claudio, superintendente de contratos da Fahece, a inovação reforça a combinação entre tecnologia e acolhimento humano, marca do Cepon. “O Cepon é reconhecido pelo acolhimento ao paciente, e isso não há tecnologia que substitua. Mas a inteligência artificial permite grandes avanços na gestão e na segurança”, destacou.

O diretor-geral do Cepon, Marcelo Zanchet, acrescenta que o uso de soluções tecnológicas vem transformando o dia a dia da instituição. “Essas ferramentas trazem mais segurança para o paciente, agilidade para os profissionais e melhor aproveitamento dos recursos disponíveis. São avanços que fortalecem nossa missão de oferecer um atendimento cada vez mais eficiente e humanizado”, explicou.

Como o NoHarm atua

Integrado ao prontuário eletrônico do paciente, o sistema analisa continuamente informações clínicas por meio de algoritmos, emitindo alertas sobre interações medicamentosas, duplicidade terapêutica, doses inadequadas, alergias e exames laboratoriais alterados.

O coordenador da Farmácia Clínica, Márcio Wagner, explica que o sistema foi vinculado ao Tasy, software de gestão hospitalar utilizado pela instituição.

“Estamos em fase de validação com a equipe de farmacêuticos, e a meta é consolidar o uso da plataforma até o início de 2026. Ela gera relatórios e indicadores que ajudam a monitorar intervenções farmacêuticas, aumentando a segurança e gerando economia para o hospital”, detalhou.

Resultados comprovados

Um estudo publicado na Revista DELOS (2024) apontou que hospitais que adotaram o NoHarm reduziram a taxa de erros em prescrições médicas de 13% para 0,3%.

“Essa prevenção traz segurança, eficiência e economia, permitindo que os recursos sejam aplicados de forma mais estratégica”, completou Wagner. O Cepon é uma unidade do Governo do Estado de Santa Catarina sob gestão da Fahece, organização social responsável pelo contrato de gestão junto à Secretaria de Estado da Saúde.


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