Celesc instala pontes passa fauna para proteger bugios do contato com a rede elétrica, em Blumenau

 

 

 

Fotos Divulgação/Celesc

A Celesc acaba de instalar, nas ruas Carlos Sidnei Reinert, Max Maul e na 30 de Agosto, no bairro Salto Norte, em Blumenau, pontes passa fauna para bugios. A ação faz parte de um conjunto de medidas que estão sendo viabilizadas pela Empresa para proteger macacos bugios contra acidentes na rede elétrica. Mais passa faunas serão instalados nas ruas Bernardo Scheidemantel, Hermann Hering, e Gustavo Zimermann.

 

 

Além da instalação dos passa faunas (pontes feitas com cordas), também está sendo feito o isolamento de cabos e o deslocamento de trechos da rede elétrica nas áreas onde a presença dos animais é mais frequente. Junto aos passa faunas estão sendo instaladas câmeras com sensores de movimento e de temperatura que registrarão, automaticamente, por meio de foto ou vídeo, a passagem dos animais.

 

 

“Teremos câmeras em todos os passa faunas para que possamos monitorar o comportamento dos animais, se utilizarão ou não o novo caminho oferecido e, desta forma, verificar se o projeto está tendo o êxito esperado”, contou Cláudio Varella do Nascimento, gerente da Celesc no Núcleo Alto Vale.

Os bugios, comuns na região, utilizam os postes e a fiação para se movimentar entre as árvores próximas à rede elétrica, provocando desligamento do sistema e correndo risco de morte. Anualmente, são registradas, mais de 40 ocorrências na rede provocada por esses animais. A Celesc busca, com a instalação dos passa faunas e o isolamento da rede, evitar tais situações.

A iniciativa da Empresa conta com o apoio da FURB e da Polícia Militar Ambiental e tem acompanhamento da Promotoria Regional do Meio Ambiente de Blumenau.

Existente há 27 anos, o Projeto Bugio, atividade de extensão da FURB com sede em Indaial, tem como foco a preservação dos bugios-ruivos, Alouatta clamitans. Atualmente, a sede do Centro de Pesquisas Biológicas possui cerca de 40 animais e é mantido por meio de um convênio entre a Prefeitura Municipal de Indaial e a Universidade.

Entre 2001 a 2018 prestou 232 atendimentos em macacos, sendo destes, 30% foram em decorrência da eletricidade e mais da metade morreram. Para tentar reduzir este índice, FURB e Celesc comprometeram-se junto ao Ministério Público de Santa Catarina a adotar medidas para redução desses casos e proteção da espécie.