A morte de um bebê no Hospital OASE, em Timbó, na noite deste domingo (16/02/25), está sendo investigada pelas autoridades. A Polícia Militar registrou a ocorrência, enquanto a Polícia Civil também acompanhou o caso e apresentou uma versão diferente sobre os fatos.
Versão da Polícia Militar
A Polícia Militar informou que foi acionada pelo hospital às 20h52, por suspeita de maus tratos. No local, a equipe conversou com uma profissional da unidade, que teria relatado que uma criança 1 ano estava internada na UTI desde terça-feira, com suspeita de evolução para óbito. Segundo a PM, a equipe médica teria suspeitado de maus-tratos, pois o quadro clínico apresentado não teria explicação evidente.
Ainda de acordo com a PM, a criança chegou ao hospital apresentando convulsões e foi levada de táxi pela mãe. Exames teriam indicado lesões antigas na cabeça e a presença de medicamentos no organismo que poderiam ter causado as convulsões.
A Polícia Militar também informou que a mãe relatou que a criança apresentou febre, vômito e diarreia no dia anterior, recebeu atendimento médico em sua cidade e foi transferida ao Hospital OASE, onde recebeu soro e medicação antes de ser liberada. Já em casa, a criança teria recusado a amamentação e dormido. Mais tarde, começou a convulsionar novamente e foi levada ao hospital de táxi.
Enquanto o boletim de ocorrência era preenchido, a guarnição foi informada de que a criança havia entrado em óbito. A Polícia Civil e a Polícia Científica foram acionadas, e o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para exames.
Versão da Polícia Civil
Segundo a versão da Polícia Civil, o agente que atendeu a ocorrência informou que uma profissional do hospital pretende registrar uma denúncia na ouvidoria contra a Polícia Militar e acionar o Ministério Público. O motivo seria o encaminhamento integral do boletim de ocorrência à imprensa.
De acordo com as informações recebidas, não havia nenhuma lesão aparente que indicasse agressão recente, exceto alguma coisa “antiga na cabeça”. A suspeita, no momento da internação do bebê, era de intoxicação medicamentosa, pois exames apontaram alterações no fígado.
A criança teria nascido com mielomeningocele e fazia uso diário de cerca de cinco medicamentos. Desde domingo, apresentou diarreia, vômito e febre, sendo levada ao hospital desde o início dos sintomas.
Se a versão da Polícia Civil estiver correta, não houve maus-tratos nem negligência nesta situação. O caso segue sob investigação para esclarecer as circunstâncias do que aconteceu. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) será decisivo.