Às 10h15min deste sábado (20/10/18), Blumenau se unirá a outras cidades em mais de 50 países na Caminhada pela Liberdade (Walk for Freedom). O evento apolítico que acontece pela primeira vez na cidade é coordenado pela A21, uma organização global de combate ao tráfico humano e à escravidão moderna. O objetivo é conscientizar as pessoas para a causa.
Cerca de 130 participantes caminharão silenciosamente em fila única, com camiseta preta, levando placas com frases de alerta à população. O percurso começará na Avenida Beira Rio (Pres. Castelo Branco), retornando pela Rua XV de Novembro, até a Prefeitura.
Centenas de caminhadas locais acontecerão em mais de 450 cidades do mundo. A indústria do tráfico humano lucra mais de 150 bilhões de dólares por ano e a cada 30 segundos alguém se torna um escravo. Infelizmente, menos de 1% dos traficantes são condenados e 99% das vítimas nunca são resgatadas.
“Estamos convencidos de que se fizermos isso juntos, se continuarmos a aparecer, se formos persistentes, se continuarmos a crescer em força, número e coragem, poderemos ver a escravidão ser erradicada em nossa geração”, comenta a australiana Christine Caine, fundadora da A21.
Brasil
No Brasil, o evento acontecerá simultaneamente em 14 cidades – Aracaju, Belém, Blumenau, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Foz do Iguaçu, Goiânia, João Pessoa, Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo e Uberlândia. Em Blumenau, a Caminhada pela Liberdade está sendo organizada pelo voluntário da Equipe A21 Brasil, Yuri Bett.
Nesta terça-feira (16), às 15h, ele apresentará a causa e o projeto na tribuna livre da Câmara Municipal de Vereadores. “Nunca tivemos tantos escravos no mundo quanto nos dias de hoje. Queremos trazer consciência sobre o problema para a nossa cidade, alertar que o tráfico humano, apesar de silencioso, é muito expressivo e, dessa forma, tentar prevenir novos casos. Seremos vozes para essas pessoas”, ressalta Yuri.
A21
A21 é uma organização global sem fins lucrativos, determinada a erradicar o tráfico humano por meio de conscientização, intervenção e assistência aos sobreviventes. Atualmente, já conta com escritórios em 12 países.
