Blumenau ganha nova região administrativa com reestruturação do Corpo de Bombeiros Militar de SC

Projeto aprovado pela Assembleia Legislativa amplia regiões de três para cinco, cria novas diretorias e moderniza a gestão da corporação.

Sede do batalhão na Rua 7 de Setembro | Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Blumenau

A partir da reestruturação aprovada pela Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (15/10/25), o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) passa a operar com uma nova configuração com a pretensão de fortalecer o atendimento à população e valorizar os profissionais da corporação. E uma das principais novidades está bem perto: Blumenau agora será sede de uma das novas Regiões Bombeiro Militar, ampliando a presença da instituição no Vale do Itajaí.

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Na prática, isso significa uma gestão mais próxima das necessidades locais, com autonomia administrativa e operacional para planejar ações específicas da região. O mesmo vale para Criciúma, que também passa a abrigar uma nova sede regional voltada ao Sul do Estado. Segundo o CBMSC, a medida busca reorganizar o território catarinense e otimizar a distribuição do efetivo, tornando o atendimento mais rápido e eficiente.

O comandante-geral do CBMSC, coronel Fabiano de Souza, resumiu o espírito da mudança: “Essa reestruturação é um avanço histórico. Ela moderniza nossa gestão, valoriza nossos profissionais e amplia a capacidade de atendimento à sociedade catarinense. Representa um passo importante na preparação do CBMSC para o futuro.”

Novas diretorias e gestão mais moderna

Entre as principais transformações está a criação de duas novas diretorias estratégicas. A Diretoria de Saúde e Promoção Social (DSPS) vai cuidar do bem-estar físico e mental dos bombeiros e de seus familiares, enquanto a Diretoria de Tecnologia da Informação e Comunicação (DTIC) será responsável por modernizar processos e fortalecer a integração digital dentro da corporação.

Além disso, a nova lei reorganiza toda a estrutura administrativa, dando forma a setores que já vinham sendo discutidos internamente: Corregedoria-Geral, Ouvidoria, Controladoria Interna, Assessoria Jurídica, Escritório de Dados, Agência de Inteligência e Comunicação Social. A proposta é deixar o trabalho mais transparente, ágil e conectado às boas práticas de governança pública.

Mais especialização e presença em novas regiões

Outro ponto de destaque é a criação do Batalhão de Busca e Salvamento, uma unidade especializada em ocorrências complexas — especialmente marítimas, como buscas com embarcações e resgates em desastres naturais, colapsos estruturais e áreas urbanas.

Novos batalhões também serão instalados em Araranguá e na região Norte do Estado, reforçando o alcance operacional do CBMSC e descentralizando o comando, que antes se concentrava em três grandes regiões.

Carreira, efetivo e valorização profissional

A reestruturação também toca em um tema muito aguardado dentro da corporação: a valorização da carreira. O texto aprovado atualiza os quadros de oficiais e praças, reorganizando as vagas e criando um caminho de ascensão mais equilibrado entre os diferentes níveis hierárquicos.

A ideia é reduzir o número de cargos de entrada e ampliar as vagas nos postos mais altos, promovendo uma progressão mais justa e previsível. Essa reorganização acompanha o Serviço Militar Temporário (SEMET), aprovado neste ano, que prevê 660 novas vagas para atuação em todo o Estado.

Com isso, o CBMSC projeta alcançar mais de 5 mil profissionais até 2026, somando militares de carreira, temporários, terceirizados e especialistas. O número representa um salto em relação ao efetivo atual de 4.572 militares.

O que muda agora

A nova Lei de Organização do CBMSC, aprovada pela Assembleia Legislativa, segue para sanção do governador e entra em vigor imediatamente após a publicação. A expectativa é que as mudanças tragam mais eficiência, melhor distribuição do efetivo e, principalmente, um serviço ainda mais ágil e presente para quem mais precisa — seja nas cidades do Vale do Itajaí, nas praias do Sul ou nas serras do Oeste.

A reestruturação marca uma nova fase para o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina — uma instituição que, ao longo de décadas, tem se moldado às transformações do Estado, sem perder de vista o que a move desde o início: proteger vidas.


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