Autoridades e defesa civil se encontram com os indígenas na barragem de José Boiteux

LP

 

Fotos: Marcos Fernandes

Era muita grande a expectativa com a reunião entre cerca de 50 indígenas e uma comissão formada por técnicos, o vice-prefeito de José Boiteux, Lourival de Carvalho; o secretário da ADR de Rio do Sul, Ítalo Goral, e o deputado Jean Kuhlmann. Policiais federais acompanharam o encontro na localidade próximo à barragem de José Boiteux (SC), que a comitiva queria acessar para verificar suas condições, mas sem a intenção de operá-la.

Com as chuvas, foi muito questionada qual é o impasse na barragem quem tem capacidade de armazenamento de aproximadamente 328 milhões de metros cúbicos de água, três vezes mais que as de Taió e Ituporanga. Segundo os indígenas, das 35 casas prometidas pelo governo em um acordo feito em 1º de outubro, 7 faltaram ser construídas. E as entregues, não têm ligação de esgoto, água ou rede elétrica.

 

 

Outro ponto que reclamaram, é a falta da construção de uma ponte próximo à barragem para facilitar a passagem dos índios quando o rio Itajaí-Açu aumenta. Esses foram alguns dos questionamentos, sem contar o mais grave que é a falta de um estudo de impacto sócio-ambiental da barragem.

No final da reunião que começou por volta das 13h, não houve um acordo sobre a desocupação da barragem enquanto os pontos apresentados não forem resolvidos. Por volta das 15h30min a comitiva teve acesso à barragem, numa visita que durou 40 minutos. O encontro também foi acompanhado por alguns veículos da imprensa, que os índios impediram de ir junto com a inspeção.

Segundo noticiado, os técnicos disseram que sumiram o painel de controle e os dois motores usados para acionar as comportas. Mas se for necessário, é possível operar a barragem, mas o fechamento das comportas iria durar em torno de cinco horas. Será feito um levantamento do valor necessário para deixá-la em condições de operar normalmente.