Ação feita pelos Procons mobiliza operadoras sobre o bloqueio do serviço de internet

telefonia_celularEmpresas de telefonia se reuniram na noite de quinta-feira e firmaram acordo com o governo federal.

Texto: Diorgnes Saldanha Lima

Nesta quinta-feira, dia 23, o órgão municipal de defesa do consumidor realizou uma fiscalização nas lojas físicas das operadoras de telefonia móvel, averiguando a forma de venda realizada dos pacotes de dados da internet. A mobilização feita por cerca de 700 Procons de todo o país surtiu efeito. Ainda na noite de quinta, as empresas firmaram um compromisso com o Ministério das comunicações, para iniciar um plano que esclareça aos consumidores o funcionamento de seus pacotes de internet móvel.

Um comunicado feito pelo Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (Sinditelebrasil), informa que as empresas decidiram colocar em prática uma série de ações para esclarecer o consumidor sobre as condições de oferta de seus planos, além de reforçar as ações de informação das características dos serviços de internet móvel.

Após reunião, as operadoras se comprometeram também, em aprimorar e divulgar ferramentas que permitam ao consumidor acompanhar o consumo de sua franquia de dados de internet móvel. Além disso, as empresas se colocam à disposição para esclarecer qualquer dúvida sobre o termo de compromisso, que poderá ser acessado nos sites das operadoras.

De acordo com Alexandre Caminha, coordenador do Procon de Blumenau, desde novembro de 2014, os usuários dos planos pré-pagos das operadoras Claro, Vivo, Tim e Oi, passaram a ter o serviço de internet cortado ao chegarem ao limite de tráfego contratado. Antes, ao atingirem o limite da franquia, os consumidores continuavam tendo internet, mas com a velocidade reduzida.

Em abril, a Associação Brasileira de Procons (Proconbrasil) em reunião com o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, se manifestou referente à ilegalidade das mudanças anunciadas e implementadas pelas operadoras, considerando uma afronta aos direitos dos consumidores.

via PMB