Secretários de saúde informam como está a situação da gripe A em Blumenau

Foto: Josiane Longhi
Foto: Josiane Longhi
Foto: Josiane Longhi

 

Na manhã desta segunda-feira (28/3/16), o Secretário de Saúde do Estado, João Paulo Kleinubing, participou de um encontro com a Secretária de Saúde, Maria Regina de Souza Soar, e equipe da Vigilância Epidemiológica para ficar a par da situação do vírus H1N1 na cidade. No período da tarde, as informações foram passadas aos participantes de um encontro na Secretaria Regional de Blumenau, com a participação da imprensa.

Kleinubing confirmou que existem 13 casos de H1N1 em Santa Catarina, sete deles em Blumenau. Além das mortes neste final de semana, houve a confirmação de mais um óbito por causa do vírus nesta segunda (28), de um paciente em Guaramirim. Quanto à vacinação, o secretário disse que conseguiram antecipar em uma semana o início da campanha prevista inicialmente pelo calendário nacional para o dia 30 de abril.

Na última quarta-feira (23), Kleinubing participou de uma reunião em Brasília, no Conselho dos Secretários Estaduais de Saúde, para discutir essa antecipação da campanha de vacinação para Santa Catarina e São Paulo. Os dois estados registraram a maior incidência de gripe A no Brasil em 2016 até agora. A briga para antecipar a vacinação no sul do país é antiga. As vacinas devem estar disponíveis a partir da metade de abril, para então serem distribuídas aos estados.

O secretário de saúde lembrou que o governo precisa da sociedade para enfrentar a gripe A, que é transmitida pelo espirro ou através do contato com algum objeto contaminado. Tem que usar lenço, álcool gel, sabonete, lavar a mão, armas para enfrentar o contágio da doença. É importante enfatizar à população para que adote procedimentos que evitem ambientes fechados com aglomeração de pessoas, ventilar os locais e as dicas básicas nestes casos.

Também há uma orientação para que quando o médico perceber os primeiros sintomas da doença, encaminhe a pessoa com suspeita de gripe A para tratamento com a medicação adequada. Segundo Kleinubing, o estado de SC tem em estoque 35 mil tratamentos com Tamiflu. Esse ano já foram distribuídos 10 mil através dos ambulatórios e unidades de saúde, para que tanto a rede pública quanto privada, principalmente os prontos atendimentos, possam atender a população. Também já foram solicitados novos medicamentos junto ao governo federal. Por enquanto, segundo o secretário, não há problemas com estoques.

A Secretária Municipal de Saúde, Maria Regina de Souza Soar, lembra que Blumenau passa por uma situação séria. Foram duas mortes por H1N1 e a mulher que veio a óbito era cardíaca e sofria com o obesidade. Mas a outra vítima, um homem, não. Ou seja, não só os grupos de risco, com saúde mais frágil estão sendo atingidos pelo vírus. Há três pacientes confirmados em Blumenau que estão em UTI, oito casos suspeitos, outros cinco internados em UTI e dois em leitos eletivos. O vírus H1N1 não está centralizado em uma só região, está circulando em todos os bairros da cidade. Foram registrados casos no Garcia, Testo Salto, Velha, Centro, Escola Agrícola e Progresso.

Em 2009 a cidade enfrentou uma situação grave, quando foram registrados oito óbitos e 63 pacientes infectados com o vírus H1N1. Na época, em Santa Catarina ocorreram 3.183 casos da doença e 150 óbitos. No ano passado, foram 16 óbitos no Estado. Em 2016 o inverno não começou e já ocorreram os casos mencionados.

Blumenau tem uma rede de profissionais totalmente capacitados em relação a nova técnica, prevista e orientada pelo ministério da saúde, além da OMS, Organização Mundial da Saúde, que dita as regras e os fluxos para os municípios. Todas as unidades de saúde estão preparadas, assim como as redes especializadas e os hospitais do município. A secretária confirmou que tem estoque do medicamento Tamiflu fornecido pelo SUS, usado no tratamento inicial do vírus H1N1, e que está disponível de forma gratuita em todas as unidades de saúde do município, seja pública ou privada.

A secretária disse que por enquanto não há vacina contra a gripe A nem na rede privada.  Ela reforçou as orientações sobre os cuidados com locais, higiene e disse que os ônibus estão orientados para andar com as janelas abertas. Também houve um contato com as igrejas, onde há aglomeração de pessoas no mesmo ambiente, além de um contato maior com as mãos.

Um representante da Vigilância Epidemiológica lembrou que se for identificado um caso em 48 horas, a resposta ao medicamento é melhor. Por isso é essencial buscar orientação médica, já que o Tamiflu é uma das armas contra o Influenza.